quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O mundo me faz menor
Sempre que me escapa um sorriso
Pois sei que de nada vale
Se você não está comigo

Um guerreiro caído ao chão
Sem nenhuma ferida, mas sem coração
Nada mais sente além da saudade
Perdeu essa guerra, mas carrega a verdade.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aquilo que se vê.

Se eu peco, é na vontade de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei; e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei.

Depois de ter vivido o óbvio utópico,
te beijar, e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural.
Eu fui praí te ver, te dizer:

Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.

De perto eu não quis ver que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe. mesmo você viu antes de mim,
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.

Num retrato-falado eu fichado, exposto em diagnóstico.
Especialistas analisam e sentenciam: Oh, não!

Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.

Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.


Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
então tentar prever serviu pra eu me enganar..


(Los Hermanos dizendo tudo o que um coração apostador tem a dizer)

sábado, 13 de novembro de 2010

Por onde começar?

Pelo início, talvez.

O difícil é saber onde tudo começou.
Comecei quando percebi que precisava de uma decisão: explodir em palavras ou explodir em pedaços.
Existem aqueles momentos em que me sinto só sentimentos, uma dor intermitente por dentro.Um vácuo. Sem propagação. Um caminho inexplorado numa galáxia distante.

Me aconselharam que eu dormisse, mas as imagens e os sons começam a fazer parte também dos meus sonhos. Me aconselharam que eu bebesse, mas esse é um remédio apenas momentâneo: o vazio volta com a ressaca do dia seguinte. Me aconselharam também a desabafar com alguém, mas até agora não encontrei alguém que me entendesse de verdade ou que pelo menos fingisse isso. Me aconselharam a ver filmes nas horas vagas, mas eu enxergo minhas histórias e tristezas nas entrelinhas e o vazio me consome.

Foi aí que me aconselharam que eu escrevesse.
Foi uma escolha.
Quem sabe, a menos maléfica. Mas acredite, ás vezes fico na dúvida.
Ás vezes essas palavras engasgadas me forçam a acreditar que mesmo sendo a alternativa mais covarde seria a mais inteligente, essa de explodir em pedaços.
Mas é também uma oportunidade a todos a minha volta, uma oportunidade pra que eles me entendam. Uma oportunidade pra que conheçam o Verdadeiro Eu que se esconde atrás de respostas aleatórias e sorrisos plásticos, muitas vezes usados só pra evitar outras perguntas.

Eu sou isso. Sou só palavras. Deixei de ser uma mistura de  corpo e alma pra ser apenas uma mistura desgovernada de sentimentos.
Nada além disso.